Arquivo mensal: Março 2014

Massive Attack, Chic, Neneh Cherry e Richie Hawtin no Sonar 2014

Massive Attack, Chic, Neneh Cherry e Richie Hawtin são alguns dos principais artistas que participam, entre 12 e 14 de junho em Barcelona, na 21ª edição do festival de música eletrónica Sonar, segundo informaram os organizadores.

O leque de artistas da edição deste ano, onde estarão mais de 100 artistas confirmados, inclui ainda Lykke Li, Röyksopp & Robyn, Todd Terje e Trentemøller, Caribou, Rudimental, Four Tet e Woodkid.

Um dos espetáculos mais esperados é do grupo lendário Chic, responsável por alguns dos temas mais ‘dançáveis’ da história, como “Le Freak” e cujo líder, Nile Rodgers foi produtor do último disco dos Daft Punk.

O funk e o hip hop estarão representados popr nomes como Kid Koala, Vinyl Vaudeville 2.0 yeDâm-Funk, esperando-se ainda as participações de Spoek Mathambo e do Fantasma, o grupo de músicos sul-africanos.

O novo espetáculo dos britânicos Massive Attack, desenhado por Robert Del Naja, é um dos cabeças de cartaz da edição deste ano.

Dez anos depois da sua última passagem pelo Sonar, os Massive Attack continuarão a apostar na exploração audiovisual da propaganda política e da influência tecnológica, numa edição em que se destacam, entre outros, Richie Hawtin, mais conhecido como Plastikman.

Plastikman que leva a Barcelona o seu único concerto na Europa, com duas versões, uma durante o Sonar Dia, intitulada “Objekt”, e outra, no palco do Sonar Noirte, intitulada “Richie Hawtin I Close”.

Em estreia na edição deste ano estará também um novo projeto de ‘clubbing’, Despacio, com James Murphy e 2manydjs e som e tecnologia da marca McIntosh.

Trata-se de sessões ‘non-stop’ de 6 horas de duração num espaço exclusivo com uma capacidade máxima de 1.200 pessoas e onde o sistema de som estará colocado de forma circular ao redor da pista.

Mais do que o conceito de concerto, explicam os organizadores, é preservar e promover a experiência do conceito de “clubbing”.

Em Barcelona, o festival decorre a 12, 13 e 14 de junho e as entradas estão já à venda a preços que rondam os 150 euros.

Publicado no Jornal de Notícias a 05 de março de 2014

Manifesto do PSD/CDS-PP às Europeias em 101 “tweets”

A coligação PSD/CDS-PP apresentou, esta quarta-feira, o manifesto eleitoral às europeias, um documento da “geração das redes sociais” que está organizado em 101 “tweets”, cada um deles como “uma mensagem portátil” que possa ser passada facilmente.

“Este manifesto é um manifesto já da geração das redes sociais, este texto programático que aqui têm, este manifesto, está organizado em 101 ‘tweets’, tantos como os dálmatas – 101 – todos e cada um deles com menos de 300 carateres”, disse o cabeça de lista da coligação “Aliança Portugal”, Paulo Rangel, durante a apresentação do manifesto, que decorreu num hotel de Lisboa.

Sublinhando que a ideia é que os utilizadores das redes sociais possam facilmente passar as ideia, valores e propostas da coligação, Paulo Rangel disse desejar que as eleições europeias sejam de “esclarecimento, lucidez, discernimento e participação”, recusando a “opacidade e a hesitação” e a “confusão” que os adversários têm protagonizado.

“Só este modo de comunicação, 101 ‘tweets’, textos curtos, incisivos, em que cada um deles contem uma ideia, uma mensagem, uma ideia ou uma mensagem portátil, que cada um possa levar ou portar para todo o lado, só este manifesto já é todo um programa no seu modo de comunicação”, salientou o cabeça de lista da coligação.

Os 101 pontos do manifesto estão divididos em quatro partes, com a primeira parte reservada à democracia e integração.

Nesse “capítulo’, a coligação defende a necessidade de “verdade, razoabilidade e sustentabilidade nas propostas”, sublinhando que “não é o tempo para lirismos, vendas de ilusões, promessas demagógicas ou populistas, totalmente inviáveis ou irrealizáveis, mesmo que supostamente bem intencionadas”.

“A coligação Aliança Portugal será uma voz credível, com arrojo e ambição”, prometem os parceiros de coligação PSD/CDS-PP no “ponto’ 13 do manifesto, onde também é defendida uma reforma institucional da União Económica e Monetária.

O segundo “capítulo’ do manifesto é dedicado aos valores da solidariedade, prosperidade e responsabilidade, com a coligação a defender a necessidade de políticas de proteção dos mais cadenciados.

“As reformas estruturais e a consolidação são políticas necessárias, mas não são suficientes, é preciso que a Europa olhe com redobrada atenção para a dimensão humana e solidaria das políticas públicas. As pessoas mais pobres não são um lastro, nem podem ser olhadas tecnocraticamente como um dano colateral da crise”, defendeu o quarto candidato da lista da coligação e o primeiro nome do CDS-PP, Nuno Melo, durante a apresentação do manifesto, que fala ainda sobre a necessidade de uma estratégia europeia para o emprego.

Na terceira parte do manifesto, dedicada aos “instrumentos políticos de realização do desígnio europeu e dos seus valores, a coligação “Aliança Portugal” insiste na instituição de uma União Bancária efetiva, com um sistema único de supervisão e um fundo europeu de garantia de depósitos.

O quarto e último capítulo do manifesto refere-se à “arquitetura institucional para o desígnio europeu: mais democracia e mais integração”.  “Este um manifesto para a geração tweet’, para uma comunidade política que participa, que influencia, que se interessa. Este é, por isso, um manifesto que se manifesta”, resumiu Paulo Rangel.

 Publicado no Jornal de Notícias a 05 de março de 2014

Juncker candidato do PPE à sucessão de Barroso

O luxemburguês Jean-Claude Juncker será o candidato do Partido Popular Europeu (PPE) ao cargo de presidente da Comissão Europeia, ao ser hoje eleito, em Dublin, no congresso desta família política, que inclui PSD e CDS-PP.

Juncker, antigo primeiro-ministro luxemburguês e ex-presidente do Eurogrupo, recolheu 382 votos, contra 245 do francês Michel Barnier, atual comissário europeu do Mercado Interno, pelo que será o candidato daquela que é atualmente a maior família política europeia à sucessão de Durão Barroso, que hoje mesmo confirmou em Dublin que deixará o executivo comunitário em outubro próximo, após 10 anos no cargo.

Publicado no Diário de Notícias a 07 de março de 2014

Mulheres trabalham mais 65 dias para ganharem o mesmo que os homens

Para conseguirem ganhar num ano o mesmo que os homens, as mulheres portuguesas têm de trabalhar mais 65 dias, até 6 de março, data escolhida este ano para assinalar o Dia Nacional da Igualdade Nacional.

Tal como no ano passado, as mulheres portuguesas continuam a ganhar em média menos 18% de remuneração de base que os homens, à semelhança do que se passa no resto da Europa, e esta diferença salarial aumenta (21,9%) quando se calcula o ganho.

“A óbvia falta de equilíbrio entre homens e mulheres na partilha das responsabilidades domésticas e familiares, assim como enraizadas tradições e estereótipos, continuam a condicionar a escolha”, admite a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), em comunicado divulgado.

A comissão salienta que, atualmente, o fenómeno da diferença salarial entre homens e mulheres assume “predominantemente” uma natureza de discriminação indireta, tornando-o “tão difícil de identificar e corrigir”.

As circunstâncias em que se observam maiores desigualdades salariais de género ocorrem, segundo a comissão, quando se comparam salários de diferentes categorias profissionais que, embora correspondendo a conteúdos funcionais distintos, são profissões de igual valor, tendo em conta o grau de experiência, de penosidade, de perigosidade, de duração, de formação e do grau de responsabilidade que exigem”.

Para combater esta desigualdade salarial, a União Europeia instituiu o Dia da Igualdade Salarial que, em cada país deve representar o número de dias extra que as mulheres devem trabalhar num ano para atingirem o mesmo salário que os homens ganharam no ano anterior.

Em Portugal, este dia é celebrado a 6 de março, para lembrar que aos homens bastaria começarem a trabalhar neste dia para ganharem o mesmo que as mulheres, em média, auferem num ano.

Em Portugal, para assinalar o dia, a CITES vai disponibilizar na sua página da internet um inquérito de autoavaliação, através do qual as empresas podem avaliar o seu risco de desigualdade salarial.

“Este inquérito de auto-avaliação é a primeira parte de uma ferramenta informático de cálculo on line de disparidades salariais, que a CITE irá disponibilizar na sua página gratuitamente, a partir de junho de 2014”, revelou a comissão à Lusa.

Segundo dados da Comissão Europeia, de outubro de 2012, em Portugal apenas 6% de mulheres ocupavam lugares nos conselhos de administração das empresas incluídas no PSI20, um número bastante abaixo da média europeia, que rondava os 13,7%. Nos lugares de presidente executivo e não executivo, a percentagem desceu para 0%.

Os dados revelaram também que as mulheres portuguesas representavam 5,4% nos lugares de diretores não executivos e 7,6% nos lugares de diretores executivos no conjunto das maiores empresas nacionais cotadas em bolsa, além das que compõem o PSI20.

Publicado no Jornal de Notícias a 05 de março de 2014

Barroso confirma saída da Comissão Europeia em outubro

 O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afastou hoje em definitivo a possibilidade de um terceiro mandato à frente do executivo comunitário, confirmando assim que abandona o cargo em outubro próximo, no final do segundo mandato.

“Não. Está fora de questão”, disse, à chegada ao congresso do Partido Popular Europeu (PPE), em Dublin, quando questionado pelos jornalistas portugueses sobre a disponibilidade para cumprir um terceiro mandato à frente da Comissão Europeia.

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia desde 2014, participa hoje em Dublin no congresso do PPE que vai eleger o candidato desta família política de centro-direita a presidente da Comissão Europeia, e que deverá ser o luxemburguês Jean-Claude Juncker.

Publicado no Diário de Notícias a 07 de março de 2014

Uma em cada cinco mulheres na Europa vítima do marido ou companheiro

Segundo um estudo europeu que abrangeu 42 mil mulheres, 43 por cento disse já ter sofrido de algum tipo de violência psicológica, enquanto que 30 por cento disse já ter sido violada pelo menos seis vezes pelo companheiro.

Uma em cada três mulheres na Europa já foi vítima de violência física ou sexual, revela um estudo sobre violência contra as mulheres realizado em 2012.

O estudo levado a cabo pela Agência de Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA) adianta ainda que neste tipo de agressão, uma em cada cinco foi vítima do marido ou do companheiro.

Entre os tipos de violência física mais comuns estão o empurrão, a bofetada, o agarrar pelos cabelos, ou atirar uma mulher contra uma parede.

Ainda de acordo com este estudo, 43 por cento das mulheres disse já ter sofrido violência psicológica, incluindo humilhações, ameaças físicas, proibição de sair de casa ou ter ficado sem as chaves do carro por ação do companheiro.

Mais de 30 por cento das mulheres confessam já ter sido violadas pelo parceiro pelo menos seis vezes. Uma em cada três denunciou o caso à polícia, mas 25 por cento preferiu o silêncio por vergonha.

Publicado na TSF a 04 de março de 2014

Nova diretiva do tabaco tenta acabar com o “glamour” de fumar

Cigarros com aromas a baunilha e a frutos foram proibidos na revisão da diretiva sobre os produtos do tabaco, aprovada esta quarta-feira, pelo Parlamento Europeu. Os cigarros de mentol sairão do mercado em 2020. Estas restrições visam, sobretudo, demover os jovens de começarem a fumar.

O eurodeputado ecologista sueco, Carl Schlyter, disse que “700 mil europeus morrem prematuramente, todos os anos, devido ao consumo de tabaco. É um número quatro vezes superior ao conjunto das mortes causadas por suicídio, drogas, acidentes de trabalho e de trânsito e Sida”.

Uma das medidas mais importantes é a presença de advertências de saúde em 65% do maço, em ambos os lados.

Os maços com menos de 20 cigarros serão proibidos. Por sua vez, os cigarros muito finos poderão ser mantidos.

O comissário europeu para a Saúde, Tonio Borg, disse que “os produtos de tabaco vão ter a imagem de produtos de tabaco e não de cosméticos. Comprei um maço de cigarros no edifício do Parlamento Europeu que tem uma embalagem tão atraente como a de um perfume. Isso não será mais possível. O tabaco tem de aparentar ser tabaco”.

Os cigarros eletrónicos só podem ser vendidos como medicamentos se forem apresentados como possuindo propriedades curativas ou preventivas.

A diretiva deverá ser aprovada pelo Conselho de Ministros da UE em março e terá de ser transposta para a legislação nacional num prazo de dois anos.

Publicado na Euronews a 26 de fevereiro de 2014