Arquivo mensal: Fevereiro 2016

Messi arrisca pena de prisão por fraude fiscal

O julgamento da estrela maior do Barcelona e do seu pai começará no dia 31 de maio. Em causa está uma alegada fuga ao fisco no valor de 4,1 milhões de euros


Acusados de fuga ao fisco, Messi – pai e filho – vão no dia 31 de maio sentar-se no lugar dos réus para responderem às questões que o juiz do tribunal de Barcelona julgar pertinentes. Daniel Messi e Jorge Horacio Messi estão envolvidos em três processos de fraude fiscal, pelo suposto desvio de um total de 4,1 milhões de euros.

Ainda que o futebolista, avançado do FC Barcelona, tenha pedido a absolvição dos três crimes, alegando que tanto ele como o pai agiram “assessorados por um prestigiado gabinete de advogados, especializados em direito tributário e desportivo”, o tribunal decidiu mantê-los indiciados, fixando que o julgamento decorra entre os dias 31 de maio e 3 de junho.

O intervalo escolhido pode mesmo levar a que Messi solicite uma alteração, diz o “El País”, pelo facto de as audiências arrancarem apenas três dias após o final da Liga dos Campeões, coincidindo, por outro lado, com o início da Copa América Centenário, competição para a qual o jogador será, seguramente, escalado pelo selecionador da Argentina.

Na verdade, o Ministério público pediu o arquivamento do processo contra o argentino, por considerar que Messi estava concentrado no futebol e desligado da gestão financeira dos seus rendimentos. Em contrapartida, pede 18 meses de prisão para o seu pai, uma decisão oposta à da autoridade tributária espanhola, que pede 22 meses e 15 dias de prisão para cada um dos Messi, além de reclamar o pagamento de outros 4,1 milhões de multa.

Notícia publicada no Expresso a 20 de janeiro.

Messi ganha Bola de Ouro, Ronaldo é o segundo mais votado

Bola de Ouro foi entregue, em Zurique (Suíça), ao argentino Lionel Messi (41,33%) que derrotou o português Cristiano Ronaldo (26,76%) e o brasileiro Neymar (7,86%)

Lionel Messi, jogador do Barcelona e da seleção argentina, ganhou, pela quinta vez, a Bola de Ouro, entregue ao melhor futebolista do ano. Foi a quinta distinção de melhor do mundo ganha por La Pulga, que ganhara o troféu de 2009, 2010, 2011 e 2012.

Cristiano Ronaldo e Neymar foram os finalistas derrotados. O português ganhara em 2008, 2013 e 2014, mas teve um 2015 inferior a Messi e Neymar: não conquistou qualquer título, enquanto os jogadores blaugrana ganharam Liga dos Campeões, campeonato e taça de Espanha e Mundial de clubes.

Messi foi o mais votado por jornalistas, treinadores e capitães de seleções nacionais de todo o mundo, com 41,33% dos votos. Ronaldo ficou em segundo lugar, com 26,76%, e Neymar em terceiro, com 7,86%.

Quantos aos restantes troféus, Luís Enrique (Barcelona) e Jill Ellis (EUA) foram eleitos treinador e treinadora do ano. A melhor futebolista de 2015 foi Carli Lloyd (EUA). Wendell Lira (futebolista brasileiro, ex-Goianésia) recebeu o Prémio Puskas, relativo ao melhor golo do ano. E o Prémio Fair Play distinguiu clubes e jogadores que apoiam refugiados, sendo recebido por Gerald Asamoha, ex-futebolista alemão, de origem ganesa.

Notícia publicada no Diário de Notícias a 11 de janeiro.

Portugal defronta Islândia, Hungria e Áustria no Europeu

Portugal vai estrear-se no Euro 2016 a 14 de junho, em Saint-Étienne, contra a Islândia. Sorteio foi “simpático” para a seleção

Portugal vai defrontar a Islândia, a Hungria e a Áustria na fase de grupos do Euro 2016, ditou o sorteio realizado, no Palácio de Congressos de Paris, em França.

A seleção nacional ficou inserida no Grupo F e evitou os adversários teoricamente mais fortes. A estreia de Portugal no Euro 2016 ocorrerá a 14 de junho, às 20.00, diante da Islândia, em Saint-Étienne.

O Euro 2016 arranca a 10 de junho, com o França-Roménia.

Notícia publicada no Diário de Notícias a 12 de dezembro.

Contas e orçamento da Liga de clubes aprovados sem votos contra

O organismo que gere o futebol profissional prevê um resultado positivo de 1,5 milhões de euros para 2015-16

O relatório e contas da época 2014-15 e o orçamento para 2015-16 da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) foram aprovados sem votos contra, em Assembleia Geral.

Na primeira reunião magna do dia, os clubes reunidos aprovaram sem votos contra o relatório e contas de 2014-15, do qual consta um saldo negativo de 640 mil euros, assim como o orçamento para a presente temporada, que prevê um resultado positivo de 1,5 milhões de euros (ME).

Fonte oficial da LPFP deu conta de que este é o primeiro orçamento com resultado positivo das últimas quatro temporadas, salientando que depois deste documento, marcado pela “contenção”, o organismo pretende promover o seu “crescimento”, em 2016-17 e 2017-18, e a “consolidação”, na última época do mandato de Pedro Proença.

Para quantificar esta pretensão, a mesma fonte realçou a ambição de passar dos 10,7 ME de rendimentos em 2014-15 para os 18 ME em 2018-19.

Depois desta Assembleia Geral ordinária, os sócios da LPFP vão reunir-se numa reunião magna extraordinária para debater a proposta de distribuição das verbas da Taça da Liga da presente temporada, assim como da regularização dos montantes atribuídos em 2012-13 e 2013-14.

Notícia publicada no Público a 21 de janeiro.

Joaquim Gomes elogia regresso de Setúbal e Alentejo à Volta

Diretor da prova rainha portuguesa não imaginava este cenário há uns meses

O diretor da Volta a Portugal em bicicleta disse que o regresso a Setúbal e ao Alentejo vem enriquecer a prova, durante a apresentação da penúltima etapa da edição de 2016, que vai começar em Alcácer do Sal.

“Se há quatro meses me tivessem perguntado se iria haver uma etapa a sul diria que era impossível. O regresso de Setúbal e do Alentejo, que há vários anos estavam arredados do mapa da Volta, só vem enriquecer a Volta”, sublinhou Joaquim Gomes.

A principal prova do ciclismo nacional, que vai decorrer de 27 de julho a 07 de agosto, marca o regresso das etapas da Volta, 42 anos depois, à cidade sadina e será um dos eventos em destaque no programa Setúbal – Cidade Europeia do Desporto 2016.

A etapa em questão, agendada para o penúltimo dia da Volta, terá início em Alcácer do Sal, facto que assinala igualmente o regresso dos ciclistas ao sul do Tejo e também às estradas alentejanas.

Joaquim Gomes salientou ainda o regresso de FC Porto e Sporting na 78.ª edição da Volta e não escondeu o desejo de ter também no próximo ano o Benfica no pelotão, que em 2016 terá seis equipas nacionais e dez a 12 estrangeiras.

“Alertados pelo facto de FC Porto e Sporting estarem de regresso ao ciclismo e à Volta, temos esperança de que o Benfica também possa estar presente na Volta em 2017”, disse.

Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, antevê na etapa que terá a meta colocada na Avenida Luísa Todi um dia de luta intensa que poderá determinar o vencedor.

Notícia publicada no Diário de Notícias a 19 de janeiro.

Israel divulga pedido de clemência do nazi Adolf Eichmann: “Não fui responsável”

“Fui um mero instrumento” e “como tal não me sinto culpado” pelos crimes do Holocausto, escreveu o criminoso de guerra que foi raptado pela Mossad na Argentina.

Dois dias antes da sua morte, por enforcamento, o conhecido criminoso de guerra nazi Adolf Eichmann, que foi capturado por agentes da Mossad na Argentina, tentou evitar a execução entregando um pedido de clemência ao então Presidente de Israel, no qual se descrevia como “um mero instrumento” forçado a cumprir a política de extermínio do regime de Hitler e não um dos arquitectos do Holocausto.

“Não fui eu o responsável e como tal não me sinto culpado”, escreveu Eichmann, para quem o tribunal sobrestimou o seu papel na morte de milhões de pessoas nos campos nazis. “Na sua avaliação da minha personalidade, os juízes cometeram um erro porque foram incapazes de simpatizar com a situação em que eu me encontrei durante anos”, alegou. “Nunca servi com uma patente tão elevada que me permitisse ter poderes de decisão independentes. Nunca dei uma ordem em nome próprio, limitei-me a agir no cumprimento de ordens que me foram dadas”, justificou, num derradeiro protesto da sua inocência.

A declaração, um manuscrito de duas páginas redigidas em alemão, foi divulgada pela primeira vez no dia em que se assinalou o 71º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, consagrado como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Notícia publicada no Público a 27 de janeiro.

Seis portugueses que influenciam a ciência mundial

Estão na lista dos mais citados do mundo. E estão a fazer um trabalho inovador nas respetivas áreas

Há uma química, dois engenheiros, um físico, um matemático e um biogeógrafo. Os seus nomes: Isabel Ferreira, Mário Figueiredo, José Bioucas-Dias, Nuno Peres, Delfim Torres e Miguel Araújo. São seis portugueses e integram a lista dos cientistas mais citados do mundo da Thomson Reuters 2015, que inclui 3126 nomes. Um reconhecimento que, dizem eles, também é extensivo às instituições em que trabalham, e ao próprio país.

“Este é um dos dados com peso para os rankings internacionais das universidades, e o número de pessoas nesta lista por milhão de habitantes constitui uma das medidas do impacto da ciência de um país”, explica Mário Figueiredo, engenheiro eletrotécnico e investigador do Instituto de Telecomunicações, no Instituto Superior Técnico (IST). Para o cientista, na lista pelo segundo ano consecutivo, seis é “um bom número”. “Estamos bem posicionados nesse parâmetro, entre a França e a Alemanha”.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, confessa-se satisfeito, por este ser “o resultado de uma política científica de várias décadas”. É um “motivo de orgulho”, diz – entre 2005 e 2011, Manuel Heitor foi secretário de Estado do antigo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago. O seu objetivo é continuar esse legado, pelo que vai “mudar a política científica” do anterior governo e voltar a apostar mais na formação avançada e emprego científico, como diz em entrevista ao DN.

Notícia publicada no Diário de Notícias a 10 de janeiro.

“Intolerância ao leite é moda”

A endocrinologista Isabel do Carmo afirma que a suposta intolerância à lactose é uma moda, para a qual não existe qualquer fundamento científico, e que resulta da influência da indústria de produção de soja.

Este tema foi tratado pela especialista durante o seminário “Consumo de leite e laticínios — O que pode estar a mudar”, no dia 13 de janeiro, num painel subordinado ao tema “Elogio do leite”, no qual vai explicar a relação entre o leite e a evolução do ser humano, na Europa.

“O ser humano estabeleceu-se há sete mil anos com o pastoreio. Nessa altura o adulto perdia a lactase. Houve depois uma mutação que permitiu que desdobrasse a lactose”, explicou à Lusa.

Isso significa que há milhares de anos que os europeus possuem essa enzima chamada lactase, que desdobra a lactose, e permite ao organismo processar este açúcar presente no leite, pelo que considera que “a história da intolerância ao leite está mal contada”.

“A mutação tem sete mil anos. E não há nenhuma mutação atual ao contrário. A intolerância é uma moda, que suspeito seja influência da indústria norte-americana de produção de soja e leite soja”, afirmou.

A médica sublinha, a propósito, que a tendência para se deixar de consumir derivados de leite também não faz sentido, visto que estes alimentos não possuem lactose.

“Quando o leite se transforma em iogurte ou queijo, mesmo para quem tenha efetivamente intolerância, deixa de haver lactose e passa a haver ácido láctico [a lactose transforma-se em ácido láctico por fermentação] e o valor nutricional mantém-se”.

Notícia publicada no Diário de Notícias a 13 de janeiro.

Empresas podem vigiar conversas online dos trabalhadores

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem decidiu. Conversas privadas online no trabalho são razão para despedimento.

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) decidiu que uma empresa pode, afinal, vigiar as conversas privadas via chat (online) dos seus trabalhadores e que estes podem, inclusivamente, ser despedidos por isso.

A decisão avançada pelo jornal britânico The Guardian refere-se ao caso de um engenheiro romeno que em 2007 foi despedido porque falava no chat do Messenger com a sua noiva.

No entanto, em abril do ano passado, o Conselho da Europa definiu novas regras a adotar pelas empresas, públicas ou privadas, para reforçar a defesa da privacidade dos seus colaboradores. Uma das regras defendia a proibição de vigiar as redes sociais (Facebook e twitter) dos seus trabalhadores.

Em Portugal alguns casos de utilização de redes sociais no trabalho também já foram notícia: em 2010, um grupo de trabalhadores da TAP foi obrigado pela empresa a frequentar um curso de ética devido a um aceso debate via Facebook em que criticavam abertamente colegas e a própria empresa. Mas as sanções limitaram-se a este processo disciplinar e não chegou a um despedimento.

Notícia publicada no Diário de Notícias a 13 de janeiro.

Zona euro cresce mais do que o esperado com ajuda de Espanha e Alemanha

O crescimento económico vai regressar à zona euro que, impulsionada por Espanha e Alemanha deverá avançar 1,7% em 2016, diz o FMI.

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI. Fotografia: Mariana Bazo/REUTERS

Alemanha e Espanha vão recuperar o crescimento económico já este ano e ajudar, desta forma, a zona euro a crescer mais do que o esperado. A previsão é do FMI que esta terça-feira atualizou o seu Economic Outlook para a economia mundial.

Num ano que será de “desafios”, com a China a pressionar todos os países do mundo, o FMI reviu em baixa o crescimento para a economia mundial. Em 2015, o mundo terá crescido 3,1%, em 2016 e 2017 crescerá 3,4% e 3,6% – menos do que Lagarde esperava em outubro. Será, por isso, um ano de “desilusão”, diz o FMI.

A pesar no crescimento – ou falta dele – estará a China que “atravessa um período de transição económica” e que deverá crescer ao ritmo mais baixo dos últimos 25 anos: 6,3% em 2016, reduzindo para 6% em 2017. “O crescimento da economia chinesa está a evoluir como o previsto, mas com uma desaceleração mais rápida do que o esperado”, refere o FMI, sinalizando um travão nas exportações e importações como consequência do desinvestimento e da desaceleração da atividade industrial.

Apesar disto, na zona euro, o crescimento será acima do que se previa inicialmente: 1,7%, o mesmo que a Alemanha, sozinha, deverá conseguir já este ano e uma décima acima do que inicialmente se previa.

Notícia publicada no Dinheiro Vivo a 19 de janeiro.