Estão na lista dos mais citados do mundo. E estão a fazer um trabalho inovador nas respetivas áreas
Há uma química, dois engenheiros, um físico, um matemático e um biogeógrafo. Os seus nomes: Isabel Ferreira, Mário Figueiredo, José Bioucas-Dias, Nuno Peres, Delfim Torres e Miguel Araújo. São seis portugueses e integram a lista dos cientistas mais citados do mundo da Thomson Reuters 2015, que inclui 3126 nomes. Um reconhecimento que, dizem eles, também é extensivo às instituições em que trabalham, e ao próprio país.
“Este é um dos dados com peso para os rankings internacionais das universidades, e o número de pessoas nesta lista por milhão de habitantes constitui uma das medidas do impacto da ciência de um país”, explica Mário Figueiredo, engenheiro eletrotécnico e investigador do Instituto de Telecomunicações, no Instituto Superior Técnico (IST). Para o cientista, na lista pelo segundo ano consecutivo, seis é “um bom número”. “Estamos bem posicionados nesse parâmetro, entre a França e a Alemanha”.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, confessa-se satisfeito, por este ser “o resultado de uma política científica de várias décadas”. É um “motivo de orgulho”, diz – entre 2005 e 2011, Manuel Heitor foi secretário de Estado do antigo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago. O seu objetivo é continuar esse legado, pelo que vai “mudar a política científica” do anterior governo e voltar a apostar mais na formação avançada e emprego científico, como diz em entrevista ao DN.
Notícia publicada no Diário de Notícias a 10 de janeiro.