Arquivo mensal: Fevereiro 2017

O impacto do Brexit na indústria da moda britânica

A feira Pure London foi o local ideal de discussão para designers e profissionais da indústria. Maggie Song estudou moda em Pequim, mas mudou-se para o Reino Unido há mais de 10 anos. Já fundou três marcas. As peças são desenhadas no Reino Unido, mas a produção e os materiais são chineses.

O referendo do ano passado no Reino Unido disse “sim” à saída do país da União Europeia: “Fiquei impressionada com o resultado e não sabia o que pensar, nem o que dizer. Acompanhei na internet a grande queda da libra esterlina e percebi o quão tudo seria difícil para as pequenas empresas.”

Mas nem todos têm o mesmo ponto de vista em relação à queda da moeda britânica. Julie Driscoll é o diretora da feira Pure London: “Esta é uma taxa de câmbio que interessa às empresas internacionais, para elas será mais fácil entrar no mercado do Reino Unido. Agora, existem muitas empresas estrangeiras interessadas no mercado britânico. Esta é a edição da Pure London com o maior número participantes.”

Uma opinião partilhada por Ece Kavran, de Istambul. Para esta estilista turca, Londres continua a ser a cidade ideal para novas marcas: “No mercado britânico, há sempre espaço para novas marcas, está sempre aberto a novas ideias. É isso que o torna tão especial e atraente.”

A moda é um grande negócio no Reino Unido. O setor tem um valor estimado de quase 59 mil milhões de euros por ano. É líder mundial nas vendas de moda on-line – à frente da França, Alemanha, Japão e Estado Unidos. Estes números são um incentivo para a Bilgunn Brower e para o negócio de importação de lãs da Mongólia. Para o dono da marca, o mercado do Reino Unido é perfeito devido ao clima frio do país.

Adaptação de notícia publicada na Euronews a 16 de fevereiro.

Economia cresce 1,4% e supera todas as previsões em 2016

PIB acelerou para 1,9% no quarto trimestre, indica o INE. Economia tem melhor final do ano desde 2008, igualando marca de 2013.

António Costa. Fotografia: ANDRÉ KOSTERS / LUSA

A economia portuguesa acelerou em termos reais no quatro trimestre, crescendo 1,9% face a igual período de 2015, e terminou o ano com uma expansão de 1,4%, sendo que este último valor que supera todas as previsões mais recentes, indicam dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em todo o caso, a economia desacelerou face a 2015. Segundo o INE, “no 4º trimestre de 2016, o Produto Interno bruto (PIB) registou, em termos homólogos, um aumento de 1,9% em volume”, desempenho mais forte do que o do 3º trimestre, quando a economia cresceu 1,6%.

Adaptação de notícia publicada no Dinheiro Vivo a 14 de fevereiro.

Oceanos em 2050 vão ter mais plástico do que peixes

Fórum considera necessário “uma reformulação total das embalagens e dos plásticos em geral”, bem como a procura de alternativas ao petróleo.

O aumento da utilização de plásticos é de tal forma significativo que em 2050 os oceanos vão ter mais detritos plásticos do que peixes, alertou o Fórum Económico Mundial de Davos.

“O sistema atual de produção, de utilização e de abandono de plásticos tem efeitos negativos significativos: entre 80 mil milhões a 120 mil milhões de dólares (entre 73 mil milhões de euros a 109 mil milhões de euros) em embalagens de plásticos são perdidas anualmente. A par do custo financeiro, se nada mudar, os oceanos terão mais plásticos do que peixes (em peso) até 2050”, indicou um comunicado do fórum, que vai reunir até sábado líderes mundiais e bilionários.

Estas conclusões têm como base um estudo da fundação da reconhecida velejadora britânica Ellen MacArthur, em parceria com a consultora McKinsey.

Segundo o relatório, a proporção entre as toneladas de plástico e as toneladas de peixe registadas nos oceanos era de um para cinco em 2014. Em 2025, será de um para três e em 2050 irá evoluir de um para um.

O fórum considera necessário “uma reformulação total das embalagens e dos plásticos em geral”, bem como a procura de alternativas ao petróleo, a principal matéria para a produção do plástico.

Adaptação de notícia publicada no Diário de Notícias a 20 de janeiro.