Igualdade de género criaria milhões de empregos na Europa 

Estudo indica que emprego daria salto substancial se as mulheres oportunidades iguais nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

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Se a União Europeia investir na igualdade de género, pode criar até 10,5 milhões de novos empregos e gerar um aumento de quase 10% do PIB por pessoa, revela um estudo europeu. O estudo, a que a Lusa teve acesso, é da responsabilidade do Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês), e vem mostrar os benefícios económicos da igualdade de género na União Europeia.

O EIGE demonstra que uma maior igualdade de género na Europa teria fortes e positivos impactos no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo do tempo, ao mesmo tempo que traria taxas de emprego e de produtividade mais elevadas e poderia responder aos desafios do envelhecimento da população. Especificamente no que diz respeito à criação de postos de trabalho, o EIGE defende que a taxa de emprego sentiria um salto “substancial” se as mulheres tivessem igualdade de oportunidade nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática. “Isto conduziria a um crescimento da taxa de emprego da União Europeia de entre 0,5 pontos percentuais (pp) e 0,8pp até 2030 e de entre 2,1pp e 3,5pp até 2050”, o que conduziria a uma taxa de emprego de quase 80% em 2050, no caso de mudanças substanciais.

Acrescenta o EIGE que uma evolução deste nível iria contribuir para aumentar os salários e reduzir o fosso salarial entre homens e mulheres. Reduzindo o fosso salarial, seria possível atrair mais mulheres para o mercado de trabalho, acredita o EIGE.

Adaptação de notícia publicada no Dinheiro Vivo a 8 de março