Portugueses são os que mais confiam nas vacinas na União Europeia

Portugal é o país da União Europeia com a maior percentagem de população a confiar nas vacinas, considerando-as seguras, efetivas e importantes para as crianças.

Segundo um estudo promovido pela Comissão Europeia, 98% dos portugueses consideram as vacinas importantes para a saúde das crianças, 96,6% entendem que são efetivas e mais de 95% dizem que são seguras. Portugal surge assim como o país com maior percentagem de população a encarar as vacinas como seguras, efetivas e importantes na infância.

O inquérito, feito nos 28 países da União Europeia a cerca de 29 mil pessoas de uma amostra representativa de cada estado-membro, questionou especificamente a confiança na vacina do sarampo, doença que teve recentemente na Europa surtos ou ressurgimento de casos.

Em termos globais na União Europeia, são menos de 80% os que consideram a vacina do sarampo como segura. Relativamente à vacina da gripe, menos de 70% da população europeia encara-a como segura.

Portugal surge com a maior percentagem de pessoas que consideram segura e importante a vacina trivalente contra o sarampo, rubéola e papeira. Suécia, Bélgica, Bulgária e Letónia são os países com menor percentagem de população a considerar a vacina do sarampo como segura.

Segundo um estudo da Comissão Europeia, a cobertura vacinal do sarampo diminuiu em 12 dos 28 estados da União Europeia a partir de 2010 (Bulgária, Croácia, Estónia, Eslováquia, Eslovénia, Finlândia, Grécia, Holanda, Lituânia, Polónia, Roménia e República Checa). O mesmo estudo recorda que os surtos recentes da doença, os mais elevados em sete anos, são consequência imediata de quebras de vacinação.

Segundo um relatório do Centro Europeu de Controlo de Doenças, foram reportados mais de 13 mil casos de sarampo na Europa num ano, entre setembro de 2017 e setembro deste ano.

Em Portugal, a vacina contra o sarampo faz parte do Programa Nacional de Vacinação, segundo o qual deve ser administrada aos 12 meses e aos cinco anos.

Adaptação da notícia publicada no Diário de Notícias a 24 de outubro de 2018