Um novo relatório da ONU avança que as novas tecnologias, desde inteligência artificial à edição genética, têm capacidade para melhorar a nossa vida mas que também podem levar a uma maior desigualdade.
O relatório avalia como as novas tecnologias podem ser usadas para atingir as metas das Nações Unidas para 2030: erradicar a pobreza extrema, preservar o meio ambiente e promover o crescimento económico.
“Saúde e longevidade, prosperidade para todos e sustentabilidade ambiental estão ao nosso alcance se aproveitarmos o poder dessas inovações, no entanto, essas mesmas tecnologias também levantam sérias preocupações”, advertiu o secretário-geral da ONU.
António Guterres apelou aos governos que adotem políticas que regulem a equidade e ética das novas tecnologias.
O relatório de 175 páginas realça que os países em desenvolvimento ainda não usufruem a 100% os benefícios das suas tecnologias. Milhares de pessoas ainda recorrem à mão de obra humana, e não têm a educação adequada para poderem dar o salto para uma mão de obra tecnológica.
Por outro lado, o relatório do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da ONU adverte à faceta “não humana” das novas máquinas que poderão reforçar preconceitos e formas de exclusão já existentes”.
O facto de estas novas tecnologias já competirem com pessoa por um lugar no mercado de trabalho e de, por exemplo, nos anúncios do facebook, já serem usadas formas de manipular e espalhar um discurso de ódio e de preconceito na rede social influência, desde logo, o consumidor.
Adaptação da notícia publicada no Diário de Notícias a 09 de outubro de 2018