Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, acusa a Turquia usar os refugiados como arma de chantagem
Após o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ter ameaçado “abrir portas” aos refugiados para que fossem enviados para a Europa, Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, não ficou por se pronunciar.
“A Turquia tem de perceber que a nossa maior preocupação é com o facto de as suas ações poderem provocar uma nova catástrofe humanitária, o que é inaceitável, e que nós nunca aceitaremos que os refugiados sejam usados como arma para nos chantagear”, disse Tusk, sublinhando que as ameaças de Erdogan são “completamente despropositadas”. O país surge como asilo para 3,6 refugiados sítios.
Esta ameaça surge no desenrolar da crítica de Bruxelas à Turquia relativamente à sua ação militar no nordeste da Síria que, segundo Tusk, “deve ser parada”.
Foi na quinta-feira dia 10 de outubro, em Ancara, que Erdogan anuncia que “se os [28] tentarem definir a nossa operação como invasão, o nosso trabalho é fácil. Abrimos as portas e enviamos-vos 3,6 milhões de refugiados”.
Adaptação da notícia de Lusa publicada no Diário de Notícias a 11 outubro de 2019