Uma investigação mais profunda quanto às negociações de Joseph Blatter e Michel Platini nos seus últimos cinco anos na FIFA pode alargar os seus crimes à prática de fraude, depois das acusações de gestão danosa e peculato, além de uma acusação de falsificação de Platini.
Joseph Blatter e Michel Platini são, respetivamente, antigos presidentes da FIFA e da UEFA. | Foto: Gustavo Bom / Global Imagens
O caso foi aberto em 2015 contra Blatter, agora com 84 anos, e foi prorrogado há seis meses para poder incluir o antigo capitão e selecionador da seleção francesa, de 65 anos. “[Este mês] O Ministério Público Federal informou as partes que, com base na investigação atual, está a reavaliar parte do processo”, revelou esta sexta-feira o procurador-geral da Suíça, citando o caso do pagamento a Platini.
Platini era presidente da UEFA e vice-presidente da FIFA em janeiro de 2011, quando pediu para ser pago pelo órgão mundial do futebol por suposto trabalho realizado alegadamente uma década antes. No código penal suíço, a fraude em busca de ganho pessoal pode resultar numa “pena de prisão não superior a cinco anos ou em multa monetária”.
Ambos os acusados negam irregularidades, justificando o pagamento, cujos detalhes foram tornados públicos em 2015, com um acordo verbal.
Adaptação da notícia de JN/Agências publicada no Jornal de Notícias a 27 de novembro de 2020.