Arquivo da categoria: Artes

Morre José Atalaya, o maestro dos “concertos informais”

O maestro destacou-se em programas televisivos e em trabalhos de divulgação da música erudita.

O maestro José Atalaya
© Rodrigo Cabrita / Global Imagens

José Atalaya tinha 93 anos e faleceu na última sexta-feira (19), mas a informação foi divulgada pela família apenas nesta segunda (22). A causa da morte não foi informada. Discípulo de compositores como Luís de Freitas Branco e Joly Braga Santos, José Atalaya defendia a necessidade de “destruir a barreira entre o público e o artista” e de “informalizar os concertos” de música erudita, sugerindo, em plena ditadura e depois dela, que deviam ser assistidos “em mangas de camisa”, numa inspiração próxima nos célebres “Concertos para Jovens”, do maestro e compositor norte-americano Leonard Bernstein.

O velório de José Atalaya realiza-se na quinta-feira, na igreja de Nossa Senhora da Boa-Hora,em Lisboa, entre as 10h00 e as 14h00, seguindo-se o funeral para o cemitério de Barcarena, nos arredores de Lisboa, segundo a mesma fonte da família.

Adaptação da notícia de Lusa publicada no site da Rádio TSF a 22 de fevereiro de 2021.

Daft Punk separam-se após 28 anos

Dupla francesa formada em Paris em 1993 destacou-se por misturar acid house com elementos de pop.

Foto: Karl Walter / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP

A notícia surgiu através do último videoclipe – Epilogue. Nele, está a data de início e de fim dos Daft Punk. Envergando os seus icónicos capacetes de viseiras negras, os membros da banda despedem-se um do outro no deserto antes de um deles se auto-destruir. A agente confirmou a separação do duo, sem adiantar mais razões.

Os Daft Punk surgiram no começo dos anos 1990 pela mão de dois amigos que se conheceram na escola em Paris: Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, de ascendência portuguesa. O álbum de estreia, “Homework”, foi lançado em 1997 com os primeiros sucessos: “Around the world” e “Da funk”.

Em quase 30 anos, lançaram ainda três outros álbuns: “Discovery” (2001), “Human after all” (2005) e “Random access memory” (2013), além da banda sonora do filme “Tron: Legacy” (2010).

Adaptação da notícia de JN/Agências publicada em Jornal de Notícias a 22 de fevereiro de 2021.

Exposição “Culturas e Geografias” relembra conflito com a Alemanha

Para assinalar um ano da exposição “Culturas e Geografias”, a Universidade do Porto abre portas, nas manhãs do próximo fim de semana (5 e 6 de dezembro), a visitas guiadas gratuitas que permitirão conhecer as histórias associadas a quase 300 peças de arqueologia oferecidas pela Alemanha a Portugal, em troca de uma coleção que os portugueses tinham “aprisionado” na Primeira Guerra Mundial.

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Vasos de vísceras, usados no Antigo Egito, fazem parte da exposição. © José Eduardo Cunha / MHNC – UP

Esta exposição remonta a 1916, ano em que foram presos, aproximadamente, 70 navios da frota alemã ancorados no porto de Lisboa – este, até então, se afigurava como um porto neutral. A ação foi feita por pressão dos britânicos, que já estavam no grande confronto. O SS Cheruskia era uma das embarcações, e carregava 448 caixas com achados do famoso arqueólogo alemão Walter Andrae. Por conta deste apresamento a Alemanha declarou guerra a Portugal.

Mesmo depois de assinado o Tratado de Versalhes (1919) que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, a Alemanha continuou a fazer pressão para obter os tesouros tomados por Portugal. Mas, só em 1925 o governo português assinou a devolução do conteúdo da embarcação e, em troca, recebeu peças originais e réplicas em gesso de antiguidades oriundas de cinco continentes. Dos 689 objetos catalogados, mais de 250 podem ser vistos pelo público nesta exposição. 

Adaptação da notícia de Rui Frias publicada no site Diário de Notícias a 4 de dezembro de 2020.

Denunciado roubo de cadernos de Darwin

Vinte anos depois, a Universidade de Cambridge decidiu classificar, nesta terça-feira, o desaparecimento de dois cadernos de Charles Darwin como “roubo”. Os originais desapareceram da biblioteca da universidade no ano 2000 e são procurados até hoje. Um dos cadernos contém o desenho da “árvore da vida”, que se tornou o símbolo da teoria da evolução e que agora consta da base de dados de obras roubadas da Interpol.

Um dos cadernos contém o desenho da “árvore da vida”, símbolo da teoria da evolução.  AFP PHOTO / UNIVERSITY OF CAMBRIDGE

O anúncio foi feito no dia em que se comemora o 161.º aniversário da publicação do livro de “A Origem das Espécies”, editado pela primeira vez em 24 de novembro de 1859.

Os cadernos foram retirados de uma sala da biblioteca onde são guardados os exemplares mais valiosos, para ser fotografados, em setembro de 2000. No entanto, o desaparecimento só foi detetado durante uma vistoria de rotina em janeiro de 2001. Foi nessa altura que se descobriu que a pequena caixa não estava no seu devido lugar. E assim desapareceu um pedaço de história no valor de milhões de euros.

A obra do naturalista inglês, considerado o pai da Teoria da Evolução possibilitou entender que o ser humano não estava no centro da vida e contrariar a ideia bíblica da criação divina. A tiragem com 1250 exemplares esgotou no mesmo dia, criando uma controvérsia que ultrapassou o âmbito académico.

Adaptação da notícia de DN publicada no Diário de Notícias a 24 de novembro de 2020


Morre o ensaísta Eduardo Lourenço

Professor, filósofo, escritor e crítico literário, o português Eduardo Lourenço morreu esta terça-feira, aos 97 anos. A missa de corpo presente decorre na quarta-feira, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, às 12h.

Eduardo Lourenço tinha 97 anos. A causa da morte não foi divulgada. | Foto: ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Adoentado há muito tempo – a sua derradeira aparição pública foi no dia do seu aniversário, a 23 de maio de 2019, já muito debilitado -, deixa uma obra imensa cujas ramificações e influências se estenderam à Filosofia, Literatura e História, embora tenham abarcado também outras áreas do saber.

Lourenço é considerado um dos maiores nomes da literatura portuguesa e um dos principais intelectuais do país. Foi reconhecido com o Prêmio Camões, o mais prestigioso da língua portuguesa, em 1996, e também com os prémios Vergílio Ferreira e Pessoa. Deixou mais de 40 livros publicados.

Adaptação da notícia de JN/Agências publicada em Jornal de Notícias a 01 de dezembro de 2020.

Bailarinos portugueses selecionados para o Prix de Lausanne

Entre um total de 82 candidatos, provenientes de 20 países, os bailarinos portugueses António Casalinho, Francisco Gomes e Laura Viola foram selecionados para a competição internacional de bailado Prix de Lausanne. O prémio está na 49ª edição.

António Casalinho (na foto), Francisco Gomes e Laura Viola foram os três bailarinos selecionados | Foto: Rui Miguel Pedrosa/Global Imagens

Os três vêm do Conservatório Internacional de Ballet e Dança Annarella Sánchez, em Leiria. A mesma escola ainda terá dois estrangeiros a concorrer ao prémio: o italiano Giulio Diligente e a britânica Maia Roberts.

A 49.ª edição do Prix Lausanne decorre de 31 de janeiro a 7 de fevereiro, na Suíça. As finais estão marcadas para o dia 6 de fevereiro. Criado em 1973, este é um dos mais importantes galardões dedicados à dança. É gerido pela Fondation en Faveur de l’Art Chorégraphique.

Adaptação da notícia de JN/Agências publicada em Jornal de Notícias a 26 de novembro de 2020.

Lisboa recebe exposição imersiva sobre Monet e Klimt

Impressive Monet & Brilliant Klimt foi inaugurada esta quinta-feira no Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras, em Lisboa. A mostra multimédia evoca dois génios da pintura mundial e conta com a parceria do Museu da Água e da EPAL, que é pioneira no universo das artes plásticas em Portugal. As sessões decorrem de terça a domingo, em horários sujeitos a ajustes mediante as medidas decretadas no âmbito do estado de emergência.

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Exposição poderá ser visitada até 28 de fevereiro.

No caso de Impressive Monet, são fornecidas ao espetador imagens representativas do autor para além dos quadros mais icónicos – a exposição sugere e revela o que está para lá dessas obras. Por outro lado, em Brilliant Klimt, a temática sobre o artista austríaco consagra uma visão a partir de “O Beijo”, obra nuclear no legado artístico do pintor vienense.

Os bilhetes custam 15 euros, mas há entradas de preço reduzido (12 euros) para visitantes dos 4 aos 17 anos, seniores com mais de 65 anos, estudantes e residentes no concelho de Lisboa. As crianças até aos 3 anos têm acesso gratuito. O atelier OCUBO disponibiliza ainda bilhetes combinados que dão acesso a esta iniciativa e também à Magical Garden, que se encontra a decorrer no Jardim Botânico Tropical da Universidade de Lisboa, em Belém, até 10 de janeiro de 2021.


Adaptação da notícia de DN publicada em Diário de Notícias a 26 de novembro de 2020.


Hervé Le Tellier conquista prémio Goncourt

“L’Anomalie” é o oitavo romance de Hervé Le Tellier, 63 anos, e venceu o prémio Goncourt com oito votos da academia, numa votação para a qual estavam também indicados a escritora camaronesa Djaili Amadou Amal, e os autores franceses Mael Renouard e Camille de Toledo.

Herve Le Tellier posa depois de receber o mais prestigiado prémio literário da França | Foto: Thomas SAMSON / AFP

O anúncio do vencedor foi feito em videoconferência, com Hervé Le Tellier a admitir que não esperava ganhar um prémio como o Goncourt: “Primeiro, não se escreve para o vencer, e, depois, não se imagina ganhá-lo”.

O romance relata as consequências de um estranho acontecimento, um voo Paris-Nova Iorque, ocorrido duas vezes com os mesmos passageiros, com alguns meses de intervalo.

Adaptação da notícia publicada em Jornal de Notícias a 30 de novembro de 2020.


Candidaturas abertas para o Programa Europa Criativa

A entidade responsável pela organização e acompanhamento dos concursos de apoio às artes,  Direção Geral das Artes (DGArtes), abriu no mês passado, as candidaturas para o Programa Europa Criativa.

No momento a abertura, o concurso de apoio complementar ao Programa Europa Criativa, no âmbito do Programa de Apoio a Projetos, abriu com um valor global de 170.000 euros. A DGArtes havia anunciado no mês anterior que o Programa de Apoio a Projetos, nas áreas da criação artística e programação e desenvolvimento de públicos, seria reforçado num total de 290.000 euros.

O processo de candidaturas decorreu nos termos do Decreto-Lei n.º 103/2017 de 24 de agosto (Regime de Atribuição de Apoios Financeiros do Estado às Artes) e da Portaria n.º 301/2017, de 16 de outubro (Regulamento dos Programas Apoio às Artes).

Adaptação da notícia publicada no Diário de Notícias a 3 de outubro de 2018

Especialistas debatem o Património Cultural

No mês passado, em Lisboa, diversas questões relacionadas com o património, foram debatidas num encontro que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) aponta como “ponto alto das atividades do Ano Europeu do Património Cultural”.

A conferência internacional, “Património Cultural: Desafios XXI” aconteceu nos finais de outubro, na sede da Fundação Calouste Gulbenkian, que, com a DGPC, organizou esta iniciativa, para dar voz aos desafios que o Património Cultural presentes nas sociedades contemporâneas, na sua relação com a memória e o conhecimento, a sustentabilidade, a ciência, as alterações climáticas e as novas tecnologias, entre outros tópicos orientados para gestão e a projeção do futuro.

Com o objetivo de apontar possíveis pistas de desenvolvimento, cruzam-se os domínios da cultura, da sociedade, da educação, da economia e do território. como afirma a DGPC em comunicado, a conferência contou com os mais recentes documentos emanados do Conselho da Europa, da Comissão Europeia e da UNESCO [Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura], apresentando reflexões atualizadas, a par da difusão de boas práticas nacionais e internacionais.

Neste encontro participaram, académicos, investigadores, profissionais do setor cultural e “altos representantes de instituições europeias e de organismos públicos de gestão do património cultural” de vários países.

Adaptação da notícia publicada no Diário de Notícias a 25 de outubro de 2018