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Manifesto do PSD/CDS-PP às Europeias em 101 “tweets”

A coligação PSD/CDS-PP apresentou, esta quarta-feira, o manifesto eleitoral às europeias, um documento da “geração das redes sociais” que está organizado em 101 “tweets”, cada um deles como “uma mensagem portátil” que possa ser passada facilmente.

“Este manifesto é um manifesto já da geração das redes sociais, este texto programático que aqui têm, este manifesto, está organizado em 101 ‘tweets’, tantos como os dálmatas – 101 – todos e cada um deles com menos de 300 carateres”, disse o cabeça de lista da coligação “Aliança Portugal”, Paulo Rangel, durante a apresentação do manifesto, que decorreu num hotel de Lisboa.

Sublinhando que a ideia é que os utilizadores das redes sociais possam facilmente passar as ideia, valores e propostas da coligação, Paulo Rangel disse desejar que as eleições europeias sejam de “esclarecimento, lucidez, discernimento e participação”, recusando a “opacidade e a hesitação” e a “confusão” que os adversários têm protagonizado.

“Só este modo de comunicação, 101 ‘tweets’, textos curtos, incisivos, em que cada um deles contem uma ideia, uma mensagem, uma ideia ou uma mensagem portátil, que cada um possa levar ou portar para todo o lado, só este manifesto já é todo um programa no seu modo de comunicação”, salientou o cabeça de lista da coligação.

Os 101 pontos do manifesto estão divididos em quatro partes, com a primeira parte reservada à democracia e integração.

Nesse “capítulo’, a coligação defende a necessidade de “verdade, razoabilidade e sustentabilidade nas propostas”, sublinhando que “não é o tempo para lirismos, vendas de ilusões, promessas demagógicas ou populistas, totalmente inviáveis ou irrealizáveis, mesmo que supostamente bem intencionadas”.

“A coligação Aliança Portugal será uma voz credível, com arrojo e ambição”, prometem os parceiros de coligação PSD/CDS-PP no “ponto’ 13 do manifesto, onde também é defendida uma reforma institucional da União Económica e Monetária.

O segundo “capítulo’ do manifesto é dedicado aos valores da solidariedade, prosperidade e responsabilidade, com a coligação a defender a necessidade de políticas de proteção dos mais cadenciados.

“As reformas estruturais e a consolidação são políticas necessárias, mas não são suficientes, é preciso que a Europa olhe com redobrada atenção para a dimensão humana e solidaria das políticas públicas. As pessoas mais pobres não são um lastro, nem podem ser olhadas tecnocraticamente como um dano colateral da crise”, defendeu o quarto candidato da lista da coligação e o primeiro nome do CDS-PP, Nuno Melo, durante a apresentação do manifesto, que fala ainda sobre a necessidade de uma estratégia europeia para o emprego.

Na terceira parte do manifesto, dedicada aos “instrumentos políticos de realização do desígnio europeu e dos seus valores, a coligação “Aliança Portugal” insiste na instituição de uma União Bancária efetiva, com um sistema único de supervisão e um fundo europeu de garantia de depósitos.

O quarto e último capítulo do manifesto refere-se à “arquitetura institucional para o desígnio europeu: mais democracia e mais integração”.  “Este um manifesto para a geração tweet’, para uma comunidade política que participa, que influencia, que se interessa. Este é, por isso, um manifesto que se manifesta”, resumiu Paulo Rangel.

 Publicado no Jornal de Notícias a 05 de março de 2014

Juncker candidato do PPE à sucessão de Barroso

O luxemburguês Jean-Claude Juncker será o candidato do Partido Popular Europeu (PPE) ao cargo de presidente da Comissão Europeia, ao ser hoje eleito, em Dublin, no congresso desta família política, que inclui PSD e CDS-PP.

Juncker, antigo primeiro-ministro luxemburguês e ex-presidente do Eurogrupo, recolheu 382 votos, contra 245 do francês Michel Barnier, atual comissário europeu do Mercado Interno, pelo que será o candidato daquela que é atualmente a maior família política europeia à sucessão de Durão Barroso, que hoje mesmo confirmou em Dublin que deixará o executivo comunitário em outubro próximo, após 10 anos no cargo.

Publicado no Diário de Notícias a 07 de março de 2014

Barroso confirma saída da Comissão Europeia em outubro

 O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afastou hoje em definitivo a possibilidade de um terceiro mandato à frente do executivo comunitário, confirmando assim que abandona o cargo em outubro próximo, no final do segundo mandato.

“Não. Está fora de questão”, disse, à chegada ao congresso do Partido Popular Europeu (PPE), em Dublin, quando questionado pelos jornalistas portugueses sobre a disponibilidade para cumprir um terceiro mandato à frente da Comissão Europeia.

Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia desde 2014, participa hoje em Dublin no congresso do PPE que vai eleger o candidato desta família política de centro-direita a presidente da Comissão Europeia, e que deverá ser o luxemburguês Jean-Claude Juncker.

Publicado no Diário de Notícias a 07 de março de 2014