O programa Erasmus de intercâmbio estudantil vai excluir a Suíça já a partir do ano letivo que começa em setembro.
A Comissão Europeia confirmou, esta quarta-feira, detalhes da medida que tinha sido anunciado há duas semanas como resposta ao recente referendo na Suíça.
O país decidiu pela limitação da entrada de imigrantes, incluindo os oriundos da União Europeia (UE), com a qual tem um acordo de associação.
Numa intervenção no Parlamento Europeu, reunido em plenário em Estrasburgo, o comissário europeu para o Emprego e Assuntos Sociais, László Andor, disse que “já em 2014, a Suíça não vai participar no programa Erasmus em pé de igualdade com os Estados-membros da UE, como inicialmente previsto”.
“Quero deixar muito claro que este congelamento das negociações não é um castigo ou sanções contra a decisão do eleitorado suíço, mas uma consequência lógica da escolha feita pela própria Suíça e que era bem conhecida desde há muito”, acrescentou o comissário.
O anúncio caiu mal junto do eurodeputado italiano Mario Borghezio, que agitou uma bandeira da Suíça e que acusou a UE de “ditadura sobe o povo”.
Mario Borghezio foi eleito pela Liga Norte, partido nacionalista e xenófobo, que é contra a livre circulação de pessoas.
Mas este é um princípio basilar da UE e Bruxelas avisou a Suíça de que a sua violação punha em causa outros benefícios de que goza devido ao acordo de associação com a UE.
Publicado na Euronews a 26 de fevereiro de 2014